CONTRACS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > SINDICALISTAS INTERNACIONAIS FALAM SOBRE SOLIDARIEDADE A LULA
08/10/2019
Sindicalistas de diversos países do mundo, entre eles, Hugo Yasky’s, da Argentina, Ismael Drullet, de Cuba, Eulogia Juliana, da República Dominicana, e Sérgio Bassoli, da Itália, fizeram questão de falar sobre a solidariedade ao ex-presidente Lula e os atos e manifestações que realizam em todo o mundo exigindo a soltura imediata do “companheiro” Lula, em reunião com lideranças do PT nesta segunda-feira (7), na Praia Grande, onde acontece o 13º Congresso Nacional da CUT.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e os ex-ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) agradeceram a solidariedade e afirmaram que as manifestações são extremamente importantes para manter viva a luta para provar a inocência de Lula e conseguir sua liberdade.
Gleisi afirmou que o apoio internacional tem sido importante também para o ex-presidente seguir lutando e resistindo a todos os golpes que tentam dar contra ele. “Lula não aceitou o regime semiaberto e as condições que lhes foram impostas”, disse a presidenta do PT se referindo a progressão de pena, com uso de tornozeleira, solicitada pelo Ministério Público de Curitiba.
“A decisão do presidente foi uma decisão política, assim como político foi o processo contra ele. Lula quer chamar a atenção do mundo para o que está acontecendo no Brasil”, explicou Gleisi.
Os sindicalistas internacionais vão se debruçar durante os quatro dias de Congresso da CUT sobre temas como o futuro do sindicalismo frente aos avanços das novas tecnologias, desregulamentação e precarização do trabalho e alternativas de organização dos trabalhadores.
Democracia em perigo
No encontro com os sindicalistas internacionais, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim falou da situação do Brasil no cenário internacional. Para ele, há um retrocesso na democracia brasileira e nos direitos dos trabalhadores, “o que não se via desde a ditadura”.
“É uma obsessão (do Bolsonaro) pela esquerda, assim como o presidente Donald Trump. O que aconteceu com o Brasil?, indagou Amorim, se referindo à capa da revista The Economist.
“[Bolsonaro] trabalha para o sistema financeiro e o capitalismo. Ideologia claramente de direita, com falas racistas, sexistas e machistas”, finaliza.
Foto: Jordana Mercado
Conteúdo Relacionado
João Felício, presidente da CSI, Confederação Sindical Internacional, presta(...)