sexta-feira, abril 26, 2024

Contracs participa do VII Encontro Nacional de Comunicação da CUT

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Entre os dias 26 e 28 de março, a Secretaria de Comunicação da CUT promoveu o VII Encontro Nacional de Comunicação. O evento contou com a participação de secretários de comunicação e assessores das Estaduais da CUT, Confederações e Federações. A Confederação Nacional dos Trabalhadores no comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) esteve presente com o secretário de comunicação, Alexandre da Conceição do Carmo. Além disso, diversos integrantes do coletivo de comunicação da Contracs também participaram do evento.

Para a abertura do evento, os presentes foram convidados a se apresentarem e juntos cantaram o grito de guerra da comunicação: “Democratize já, democratize!”. Rosane Bertotti, secretária nacional de comunicação da CUT deu início a primeira mesa, lembrando a importância do encontro.

O jornalista Leandro Fortes e o membro do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, Altamiro Borges, foram convidados a compor a mesa que debateu os grandes eventos que ocorrerão no Brasil e o papel da comunicação.

Fortes citou a aprovação do marco civil da internet, que ocorreu no dia anterior (25), como um passo importante para a comunicação, pois nesse ponto não há mais a intermediação da grande mídia nesse meio.  A importância de traçar estratégias é também foi abordada durante sua fala. “A manipulação das palavras é a manipulação da ação, por isso precisamos definir uma estratégia de comunicação no movimento sindical”, disse ele ao ressaltar o poder que todos os presentes no encontro têm de mudar o atual cenário comunicacional.

Agradecendo o convite, Altamiro iniciou sua fala. Segundo ele é preciso valorizar esse tipo de iniciativa, principalmente em um ano como o de 2014, em que ocorrem as eleições presidenciais, evento mais importante do que a Copa do Mundo, nesse momento é preciso questionar qual o papel da comunicação. “Essas serão as eleições mais sujas. A mídia tem invertido dados reais, criando crises e um cenário mentiroso do Brasil”, ele disse. Para finalizar, o palestrante afirmou que este é o momento da mídia de esquerda contra-atacar, através da internet, já que a direita vem fazendo isso há anos.

Antes de abrir as falas para a plenária, Rosane aproveitou a mesa para lembrar o papel dos sindicatos, que tem a obrigação de tentar cada vez mais tirar o monopólio da informação da grande mídia.

Durante a tarde a mesa que debatia a comunicação e a luta de classes teve Quintino Severo, secretário nacional de administração e finanças da CUT como mediador, além da presença de Pablo Capilé, da Casa Fora do Eixo; Renato Meirelles, diretor do Instituto Data Popular e Preto Zezé, presidente da Central Única de Favelas (CUFA).

Capilé deu um panorama no país desde o rádio e como a comunicação era limitada pela grande mídia, até 2000, e que esse cenário só mudou com a internet. Ele também contou a história da criação da Casa Fora do Eixo, que surgiu como uma nova forma coletiva de transmitir informação. “Em determinado momento surgiu um novo modelo coletivo, que permite um novo modo de se debater temas que apenas a grande mídia tinha espaço. A Mídia Ninja é um exemplo de como coletivos por jovens que atuam em rede, motivados pelo processo de lutas populares”, ele disse.

Contando a criação da CUFA há 14 anos, Preto Zezé aproveitou a oportunidade para mostrar o papel da comunicação junto à Central Única das Favelas. “Nosso objetivo é o fim das favelas, mas enquanto isso não é possível, vamos transforma-las em um lugar melhor para se viver”, afirmou, ressaltando a importância de se pensar em novas maneiras de atuação para esse público.

O diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, trouxe uma apresentação com dados sobre as classes C e D, representadas pela classe trabalhadora. Segundo ele, o que fez o Brasil mudar na última década foi a carteira assinada, “O Brasil ganhou quase 20 milhões de empregos formais na última década, a desigualdade social também diminuiu. Ou seja, hoje a estrutura da sociedade brasileira é outra”, afirmou. Para ele, é preciso apresentar os temas que achamos juntos e dignos para a nova classe, que é a que faz parte da nossa realidade.

Na quinta-feira (27), houve uma dinâmica com os participantes e integrantes da ‘TV Pagu’, criada pelos participantes do curso de formação de formadores na área, em que simularam um jornal televisivo voltado à classe trabalhadora, com tom humorístico.

Depois foi apresentado o Plano de Comunicação e o balanço de 2013 da secretaria de comunicação da CUT. Algumas propostas para consolidar a CUT foram expostas, entre elas a produção de um programa semanal para veiculação em canal aberto.

No segundo dia de evento, os participantes também participaram da atividade em grupo, em que os estados tiveram a oportunidade de mostrar as propostas de suas secretarias de comunicação.

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