sábado, abril 20, 2024

Seminário de comunicação debateu a mídia e a política na vida dos trabalhadores

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Comunicação foi um dos temas debatidos nesta manhã

Comunicação é um direito humano que, como todos os outros, deve ser garantido pelo Estado. Esta foi a tônica do debate sobre “Mídia e Política na vida dos trabalhadores”, realizado nesta quinta (26), no 9º Congresso Nacional da Contracs, em Guarapari, Espírito Santo, que garantiu a mais de uma centena de sindicalistas uma base conceitual sobre o que está em disputa no Brasil quando o assunto é Comunicação.

A mesa de debates contou a medição do secretário de comunicação da Contracs Alexandre Carmo e com a secretária de mulheres Mara Feltes. Eles estavam com Rosane Bertotti, secretária de comunicação da CUT e com Rachel Moreno, da Rede Mulher e Mídia.

Rosane Bertotti, da CUT, afirmou que não é por acaso que grandes barões da mídia concentram muito dinheiro. Há uma estrutura em que a Comunicação é tratada como um negócio, não como direito, e isso atrapalha a Democracia.

“A mídia no Brasil é concentrada e monopolizada. E a estrutura do monopólio de informação no nosso país está ligada também a um monopólio financeiro. A estrutura concentra a comunicação, concentra o poder e concentra o financiamento”, lembra Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Lembrando da Campanha Para Expressar a Liberdade e do Projeto de Iniciativa Popular para regulamentar os artigos da constituição de 1988 que dizem respeito à Comunicação, Rosane questionou aqueles que acusam o movimento social de censura quando há o debate da regulação da mídia. O discurso é comumente utilizado pela grande imprensa.

Rosane destacou ainda que sem a regulamentação da comunicação os grupos minoritórios continuam sem expressão na mídia como as mulheres, os negros, os movimentos populares, a juventude, os indígenas, os LGBTs. “Os capítulos da constituição brasileira não foram regulamentados. E, quando não regulamenta, vence a lei do mais forte.

Já a construção de estereótipos pela mídia monopolizada foi outro elemento importante do debate, trazido por Raquel Moreno, do Grupo Mulher e Mídia. A mídia, como está constituída hoje, constrói um padrão de beleza para as mulheres que passa por padrões estéticos que não correspondem à grande maioria da população. Isso faz com que elas entrem em um ciclo de consumo para alcançar aquele padrão. “E o que se faz com a mulher é apenas um recorte do que se faz com outros segmentos”, destaca Raquel.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) tem defendido a regulamentação da mídia desde o I Encontro Nacional de Comunicação em julho de 2013. Para tanto, divulga e incentiva que as entidades sindicais recolham assinaturas para criar o PLIP de regulamentação da comunicação.

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