quinta-feira, abril 25, 2024

Atos em todo o Brasil marcaram dia 22 de setembro como o Dia Nacional de Paralização e Mobilização rumo à Greve Geral

Leia também

Contracs participou de manifestações foram contra retirada de direitos

Várias categorias de trabalhadores/as participaram, nesta quinta-feira (22), do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização convocado pela CUT, Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. Representando os trabalhadores/as do ramo de comércio e serviços, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (Contracs/CUT) esteve presente em diversas partes do país no primeiro ato de uma série de manifestações que culminarão na Greve Geral dos trabalhadores.

A classe trabalhadora é contra o governo do golpista Michel Temer, que já demonstrou o quanto é nocivo aos trabalhadores de todas as categorias e ao povo brasileiro.

O grito ecoa em todos os cantos de Brasília
Em Brasília, além de atos em Shoppings e calçadões, os trabalhadores/as ocuparam a Câmara Legislativa, onde reivindicaram reajuste salarial e pagamento de benefícios atrasados pelo governo distrital desde 2015. Em audiência convocada pela Comissão Geral, coordenada pelo deputado Ricardo Vale (PT/DF) para tratar de aumento dos servidores públicos, parlamentares foram categóricos ao cobrar governabilidade na Capital Federal.

Os gritos ecoaram o “Fora Temer” em toda a galeria e Plenário da casa durante a intervenção da deputada federal Erika Kokay (PT/DF), que iniciou a fala com críticas contundentes ao governo Golpista e ao governador privatista. “Perdoe-me, mas estamos diante de um governo covarde que não cumpre acordo firmado com trabalhadores, adere ao conteúdo do Golpe, declara rompimento com a democracia e não tem compromisso com a classe trabalhadora! A esta Casa, recomento que não vote matérias deste Governo até que ele comece a governar de fato. Cuidado moço, pois os servidores e servidoras são quem constroem as políticas publicas e a história de Brasília!”, recomendou Erika.

Considerando a diversidade de atuações dos trabalhadores nos atos, o dia foi considerado positivo para os organizadores. “As paralizações que prevíamos aconteceram em Brasília e no Brasil afora, portanto, o objetivo foi atingindo. As mobilizações recentes já provocaram recuo do governo golpista em relação aos projetos que afetam o servidor público e também aos trabalhadores/as do comércio e serviços. Vários atos vem acontecendo e, com certeza, o movimento sindical atuará em todos os debates e na conscientização os trabalhadores no processo eleitoral para que não votem em golpistas que são traidores da classe dos trabalhadores”, declarou Valeir Ertle, secretário jurídico da CUT e membro da diretoria da Contracs.

O calçadão em frente ao Museu da República, próximo à Esplanada dos Ministérios, foi palco para o encerramento das atividades em Brasília do Dia Nacional de Paralização, onde os trabalhadores presentes saíram convictos de que o “Esquenta” foi um grande marco para as próximas manifestações rumo à Greve Geral, que terá como norte o Fora Temer, Nenhum Direito a Menos e Não ao Calote, pacote de precarização das condições de trabalho que o GDF prepara para todos os servidores de Brasília.

Trabalhadores do ramo em atos por todo o Brasil
Não foi apenas em Brasília que sindicatos, federações e entidades sociais e sindicais se mobilizaram no Dia Nacional de Paralisação e Mobilização Rumo à Greve Geral. O Esquenta da Greve Geral também mobilizou trabalhadores e trabalhadoras do comércio e serviços em outras cidades.

Em João Pessoa, os trabalhadores do comércio iniciaram a concentração em frente a uma unidade com Bom Preço, supermercado que pertence à rede multinacional Walmart. Na parte da manhã, houve ainda panfletagem no comércio com o objetivo de conscientizar os trabalhadores/as e a sociedade da retirada de direitos que avança. Pela tarde, a concentração se deu no liceu paraibano e cerca de 5 mil pessoas saíram em passeata com discurso Fora Temer e contra a retirada de direitos. No final do dia, o encerramento do ato se deu no centro da cidade. “A nossa avaliação, nesta conjuntura de depreciação do movimento sindical, social e do PT, foi muito boa. A participação de cinco mil pessoas no centro com a imprensa toda contra é muito positivo.” destacou o secretário de relações internacionais da Contracs, Eliezer Gomes.

Na Bahia, atos aconteceram tanto na capital, Salvador, quanto no interior. A presença da presidenta afastada Dilma Rousseff mobilizou cerca de 100 mil pessoas em Salvador, de acordo com a organização. Os trabalhadores do ramo do comércio e serviços também participaram dos atos na capital e no interior. Mobilizados pelo Fora Temer e contra a retirada de direitos, os trabalhadores/as já perceberam que o golpe é prejudicial a todos.

spot_img

Últimas notícias