quinta-feira, março 28, 2024

Em Curitiba, Contracs se une à resistência pela democracia e presta solidariedade a Lula

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Dirigentes e assessores da confederação estão em acampamento que foi alvo de fascistas

A caravana da Contracs (Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços) que deixou São Paulo na manhã dessa quarta-feira (13) para integrar a vigília Lula Livre, em Curitiba (PR), segue até sexta-feira (15) no acampamento, quando retornará à capital paulista.Alci Matos (à direita) participa do

Nesta quinta (14), direto da capital paranaense, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue preso, o presidente da confederação, Alci Matos, participou do programa “Quinta Sindical” ao lado da advogada trabalhista e ex-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves.

Alci apontou que o ramo do comércio e de serviços, responsável por manter a economia aquecida, tem sido um dos mais afetados pelas políticas catastróficas do golpista Michel Temer (PMDB). Por isso, ressaltou, a entidade tem a obrigação de defender um candidato que proporcione mudança de rumo na economia.

“Lula dizia quero meu povo três refeições ao dia e hoje temos pessoas voltando para a rua sem ter o que comer. A vigília é um ato de solidariedade e resistência contra um Judiciário que adotou uma linha inconstitucional para julgar o ex-presidente e aqui estamos para dizer ao companheiro que ele não está sozinho. Manteremos essa mobilização até outubro por nosso petróleo, salário justo, moradia digna, saúde e segurança e lutaremos em vigília e caravana”, afirmou.

O dirigente destacou ainda que a CUT, representada por seu presidente, Vagner Freitas, entregará a Lula um programa formulado por trabalhadores de todos os segmentos com prioridades elencadas pela classe trabalhadora. “A plataforma reúne o anseio da CUT e das outras centrais por salário justo e políticas públicas voltadas à maioria”, falou.

Após falar sobre os impactos que a reforma trabalhista tem para o ramo comerciário, com a ampliação da terceirização e o consequente achatamento dos salários e direitos, a advogada Miriam Gonçalves, apontou a redução do poder de compra do salário mínimo durante a gestão Temer e indicou o único caminho possível para reverter esse processo.

“É preciso que votemos no Lula para que consigamos reverter a reforma trabalhista”, indicou ela.

Clima tenso

A primeira noite que a caravana da Contracs enfrentou em Curitiba foi de clima tenso. Um grupo de fascistas apoiadores do pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) atacou o acampamento com objetos inflamáveis e depois tentaram atear fogo às barracas e furar balões.Representantes da Contracs deixam São Paulo

A política foi chamada mas, inicialmente, prestou socorro aos agressores, isolando-os. A situação só se acalmou por volta da 1h30, quando os fascistas dispersaram. A mobilização, porém, continua, com o tradicional bom dia, boa tarde e boa noite presidente Lula, uma saudação feita diariamente há quase 70 dias quando a ocupação começou.

Além de apoiar manifestação a Contracs também levou aos companheiros e companheiras que permanecem acampados doações de roupas e alimentos para que ajudar a luta a continuar.

Leia abaixo a nota da Vigília Lula Livre sobre os ataques dessa quarta (13).

NOTA DA VIGÍLIA LULA LIVRE sobre os ataques de ontem (13) à Vigília Lula Livre

As organizações que estão na Vigília Lula Livre há quase setenta dias, de forma pacífica, respeitando os acordos com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e demais autoridades, repudiam a ação de indivíduos de extrema-direita que na noite de ontem (14), atacaram, ofenderam e proferiram frases preconceituosas contra integrantes da Vigília.

Sem respeitar o interdito proibitório, esses indivíduos se colocam de forma agressiva na mesma região onde está concentrada a Vigília, sendo que os protestos contrários devem ocorrer no lado aposto do prédio da Polícia Federal, conforme decisão judicial.

A Vigília Lula Livre reafirma seu direito de fazer as manifestações respeitando o horário acordado das 9h às 19h30. O agrupamento de ontem, ao contrário, por conta de sua ação violenta, inclusive queimando pneus, acabou gerando forte barulho até depois da 1 hora da madrugada, desrespeitando o direito ao descanso e prejudicando os moradores.

Da nossa parte, respeitamos o direito à manifestação, assim como os moradores que não apoiam o nosso movimento. Frequentemente, buscamos ter contato e encontrar uma melhor condição de convivência para todos e todas. Ao mesmo tempo, reafirmamos e agradecemos a solidariedade de vários outros moradores da região.

Denunciamos também que moradores que nos apoiam têm sofrido ameaças.

Prezamos pela tolerância, pelo respeito e pelo nosso direito de nos manifestar, em uma via que é pública, em defesa do ex-presidente Lula contra uma prisão política e arbitrária. Seguiremos aqui, porque nos é assegurado pela Constituição e pelas autoridades.

Seguimos na resistência!

Curitiba, 14 de junho de 2018.

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